Toponímia

A origem do topónimo tem várias teses. A mais conhecida, ainda que também aquela que deve ser primeiramente posta de parte, por ser menos verosímil, é baseada na lenda de uns forasteiros que ao passarem na povoação foram almoçar a uma taberna. Ali comeram frangos, a que o povo chama também de “pitos”. Almoçaram regalados, mas no final acharam a refeição cara. Enquanto iam embora murmuravam entre si: “caro pito! caro pito!”, e daí chegou-se a Carapito.

A versão erudita referida em enciclopédia aponta para a derivação do Latim, das palavras Carus + Pinus, que significa queridos pinheiros, árvores que abundam na região. No entanto, há ainda uma outra possibilidade, ao dizer-se que Carus é um apelido latino, como o do imperador romano Caesar Marcus Aurelius Carus Augustus, que reinou entre 282 e 283 da era cristã. Tendo estado toda esta região sob o domínio romano, poderiam estes ter dado o nome à grande mancha florestal de Pinheiros de Carus. Ainda assim, esta tese também tem alguns pontos que a descredibilizam. O principal prende-se com a própria data da fundação de Carapito ser anterior à introdução dos pinheiros em Portugal. Porém, também há quem afirme que os pinheiros foram introduzidos na Península Ibérica, e concretamente nas regiões que hoje fazem parte de Portugal, antes do Povoador El-Rei D. Dinis, com o objetivo de segurar as areias nas costas ocidentais e defendê-las da erosão e dos ventos.

Apesar de tudo crê-se também que nenhuma destas origens será a correta, mas que o nome de Carapito poderá derivar do nome de pequenos carvalhos, abundantes no lugar, a que o povo chama de carrapichos e carrapetos, como apontado na revista Altitude, de Março de 1943.