As Cantigas

CARAPITO À FRENTE

Carapito à frente,
sempre a marchar,
que toda a gente,
nos está a escutar.

Temos a palma do vencedor,
E a nossa alma canta de amor.

Ó raparigas,
correi ligeiras.
Soltai, soltai,
canções fagueiras.

À luz tão linda do nosso olhar,
Que a linda noite foge ao luar.

Ó Menina do Rosário,
vou rogar-te com fervor,
que a água da nossa fonte,
faça milagres de amor.

Encontrei meu namorado,
de madrugada ao beber,
fiquei mais apaixonada,
Ai, não me pode mais esquecer.

TERREIRO DE SANTA CRUZ

Terreiro da Santa Cruz,
Hei-de te mandar varrer,
Com uma vassoura de prata,
Que de ouro não pode ser.

É o Carapito,
Que vos vem a visitar,
Com prazer e alegria,
Cá nos vimos encontrar.

CARAPITO É UM JARDIM

Carapito é um jardim,
Toda a gente diz assim,
É bonita a minha terra.
Por esses montes além,
Já não há quem faça bem,
Desde o vale até à serra.

Viva Carapito,
Terra da verdade,
Aldeia pequenina,
Onde brilha a mocidade.

Perguntais-me de onde eu sou,
Perguntais-me de onde eu sou,
Minha terra onde fica?
Minha terra é Carapito,
Minha terra é Carapito,
Não há outra mais bonita.

Viva Carapito,
terra da verdade,
aldeia pequenina,
onde brilha a mocidade.

VENHAM VER

Venham ver,
Como é nossa alegria.
De noite e dia,
Sempre a cantar.

Venham ver,
As flores da nossa terra.
Sempre na berra,
Sempre a reinar.

É de lá que vos trazemos,
Este coração sincero.
As almas das nossas gentes,
Lembranças da nossa terra.

Venham ver…

Venham ver nossa alegria,
Sempre a rir e a cantar.
A cantar de noite e dia,
Vai Carapito a passar.

AQUI NESTE TERREIRINHO

Aqui neste terreirinho,
Aqui neste belo chão. (bis)
Eu perdi o meu lencinho,
O meu lencinho de mão. (bis)

O meu lencinho de mão,
Inda não foi à barrela. (bis)
Pra dizer adeus a alguém,
Quando m’eu for desta terra. (bis)

Quando m’eu for desta terra,
Alguém me há-de lembrar. (bis)
A Senhora do Cruzeiro,
Que a não posso levar. (bis)